Em 1926, foi implantada em Portugal uma ditadura militar pelo General Gomes da Costa.
O homem forte desse regime iria ser António de Oliveira Salazar, nomeado ministro das Finanças, por Óscar Carmona (Presidente da República) em 1928.
Óscar Carmona acreditava que Salazar seria capaz de resolver a grave crise económica-financeira e o clima de instabilidade que Portugal atravessava. Com efeito, verificava-se o agravamento da situação económica, devido ao aumento da inflação e da dívida pública.
O défice orçamental tinha-se agravado (o valor das receitas do Estado era inferior ao valor das despesas).
António de Oliveira Salazar, no acto de posse como Ministro das Finanças afirmou de forma enérgica e decidida a sua acção política: “Sei muito bem o que quero e para onde vou, mas não se me exija que chegue ao fim em poucos meses”.
Salazar impôs imediatamente uma política de austeridade, reorganizando as finanças do país. Recorreu, sobretudo ao aumento dos impostos e à redução das despesas públicas de todos os ministérios (principalmente nos domínios da Saúde, Educação e nos salários dos funcionários públicos). Logo no final do primeiro ano de mandato como ministro das Finanças conseguiu que o valor das receitas de Estado fosse superior ao valor das despesas.
Conseguiu, assim, eliminar o défice financeiro, o que lhe valeu um grande prestígio e foi considerado, por muitos, o “Salvador da Pátria”, imagem inspirada no primeiro rei português – D. Afonso Henriques - que foi cultivada pelo regime, desde cedo, através de cartazes de propaganda.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
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