terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A Revolução de Outubro de 1917

Com a queda do czar Nicolau II, em Fevereiro de 1917, formou-se um Governo Provisório composto por liberais e socialistas moderados, que instauraram o liberalismo parlamentar.
A revolução burguesa de Fevereiro, no entanto não pôs fim à participação dos Russos na Grande Guerra, uma das exigências do soviete de trabalhadores, soldados, sectores da pequena burguesia e militantes socialistas de Petrogrado, nem conseguiu satisfazer largas camadas sociais, ficando muito aquém das suas expectativas. De facto, o número de mortos e estropiados de guerra não parava de aumentar, provocando a deserção de muitos soldados. Por outro lado, a crise persistia: a escassez de alimentos, a ausência de distribuição da terra, a alta dos preços, a miséria, o atraso económico e as desigualdades socais, contribuíam também para a insatisfação popular. O povo russo gritava “ Paz, Pão e Terra. Abaixo a Guerra”.
Por conseguinte, e através de uma intensa propaganda o soviete de Petrogrado, liderado pelos bolcheviques Lenine e Trotsky exigia a paz imediata com a Alemanha, a abolição de toda a propriedade privada (na posse da Burguesia), como fábricas, terras e minas, ou seja a nacionalização e colectivização de toda a economia russa, seguida da distribuição das terras aos camponeses e controle das fábricas pelos operários. Preconizavam a tomada de poder pelo operariado (em aliança com o campesinato), para impor uma sociedade socialista sem classes, na qual os trabalhadores seriam a classe dominante, retirando todo o poder à burguesia (capital - bancos, terras e fábricas) e transferindo-o para o Estado.
A incapacidade dos governos provisórios ( de Lvov e KerensKy)em resolver os problemas da Rússia levou os Bolcheviques à Revolução de Outubro de 1917. A polícia militar bolchevique através de uma insurreição armada, ocupou os pontos estratégicos da cidade, prendeu os ministros do Governo Provisório e dissolveu a Duma. Os Bolcheviques instauraram com sucesso, a primeira revolução socialista da História.

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